Unlike entertainment (or divertissement), art is a form of escapism from the natural flow of life that, rather than resulting in a pure abstraction of the individual, consists of a confrontation with oneself. Thus, art has a transformative role, pushing the viewer to have a dialogue with himself. A dialogue presupposes concept. Transformation presupposes a guided and voluntary act. However, it is ostensible that we are led by music (we are driven, not drivers). It is also evident that music does not need concepts to elicit this conversation and that, even if it has them, it is legitimate to consider that its communication completely exceeds the normal meaning of the word, precisely because of the whole musical context that is giving it value. Sons Escapistas is the second EP by degelo that seeks to explore these boundaries between coming and going, between the ritual and the spiritual, between the conscious and the unconscious, between the immanent and the transcendent. It intends to provide a journey outward and inward. In a mostly instrumental EP, we will try to confront and provoke confrontation with this dichotomy between interiority and community. We are not pure exteriority, but we also discover ourselves only in the context of a reality, of a worldview. To what extent can what is outside refocus what is inside? To what extent can what is inside change an entire world? _________________ Ao contrário do entretenimento (ou divertissement), a arte é uma forma de escapismo à corrente natural da vida que, ao invés de resultar numa pura abstracção do indíviduo, consiste num confronto consigo próprio. Assim, cabe à arte um papel transformador, impulsionando o espectador para que tenha um diálogo consigo. Um diálogo pressupõe conceito. Transformação pressupõe um acto orientado e voluntário. Contudo, é ostensivo que somos levados pela música (somos conduzidos e não condutores). É também evidente que a música não necessita de conceitos para suscitar esta conversa e que, mesmo que os tenha, é legítimo considerar que a sua comunicação excede por completo o significado normal da palavra, precisamente por todo o contexto musical que lhe está a conferir valor. Sons Escapistas é o segundo EP de degelo que procura explorar estas fronteiras entre o ir e o voltar, entre o ritual e o espiritual, entre o consciente e o inconsciente, entre o imanente e o transcendente. Pretende proporcionar uma viagem para fora, cá dentro. Num EP maioritariamente instrumental, procuraremos confrontar-nos e suscitar a confrontação com esta dicotomia entre a interioridade e a comunidade. Não somos pura exterioridade, mas também só nos descobrimos no contexto de uma realidade, de uma mundividência. Até que ponto o que está fora pode recentrar o que está dentro? Até que ponto o que está dentro pode alterar um mundo inteiro?
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