SP 011, america do sul Brasil, terceiro mundo, triste como um blues Nos cantos da metrópole, sou só mais um To dispensando tudo que não soma, lu- -gares que hoje passo e não me vejo Pessoas que lembro mas não converso Cores, cheiros, diferentes opiniões Coisas que não li mas me interessam Eu sou uma bússula, lúcida, focada no amor Eu sou uma pérola, sólida, sei do meu valor Eu sou uma pistola, carregada e pronta pra atirar Eu sou o que eu quiser e basta eu memo acreditar Eu sou âncora, pesada, como a minha fé Areia a beira-mar, odoyá, força da maré Condição específica, sempre aprendizado Se é caso de retífica, num morro engasgado Colibri O mais belo presságio de força e alegria Finalmente vi Quando abri a janela e a minha cabeça Mesmo assim Eu mudei, ce também, é fácil enxergar Finalmente vi Quando abri a janela e a minha cabeça Figuras, símbolos, representações Palavras, números, codificações Celebro a dadiva, divida, guerra entre leões Empunho a lâmina, adaga, corta corações Me diz qual é o plano Onde é que a gente vai parar Me diz se é engano As referências são humanas E humanos vão errar Eu também faço muita merda Sou suscetível a voltar ao fim do poço Me diz seu moço, qual é a lógica Se é que existe alguma pra gente poder lidar Colibri O mais belo presságio de força e alegria Finalmente vi Quando abri a janela e a minha cabeça Mesmo assim Eu mudei, ce também, é fácil enxergar Finalmente vi Quando abri a janela e a minha cabeça