São diversos os significados da palavra “raia”, sendo os mais comuns os de designar uma linha divisória ou uma fronteira de país ou região. Mas “raia” pode também ser uma expressão idiomática, ou até mesmo mesmo um peixe, como é o caso do peixe-viola. Partindo dessas deixas, o músico António (ToZé) Bexiga cria o projeto Raia em 2019, percorrendo as sonoridades da viola campaniça, em fronteiras aparentemente contraditórias, entre a acústica e a elétrica, a analógica e a digital, a tradicional e a experimental, a ensaiada e a instantânea, frequentemente em diálogo com outras formas de arte, visuais ou de performance. Até à data o projeto Raia editou um single - “Homem de duas Cabeças” e um CD/EP, gravado ao vivo para a Culturas 360º, uma plataforma de festivais de todos os continentes, em representação do Festival Artes à Rua. O novo tema de Raia, a editar a 22 de março, intitula-se “Um dia no deserto”, e conta com as participações de O Gajo e de Thomas Attar Bellier. “Um dia no deserto” é uma carta de resposta de Raia ao tema “Chuva oblíqua” de O Gajo, que por sua vez contou com as participações de Raia e Thomas Attar Bellier. “Um dia no deserto” segue uma viagem por entre linhas-fronteira e linhas-caminho, que nos propõe a dicotomia de planos: paisagem - sonho; real - imaginado; fora - dentro; horizontal - vertical; presente - passado; acontecimento - memória. Em “Um dia no deserto”, sobrevoamos paisagens reais e imaginadas, desertos verdes e desertos secos, para questionarmos o caminho, para olharmos para dentro, de olhos bem fechados. Com “Um dia no deserto” paramos para pensar: “Nós não somos só nós, Somos tudo”. RAIA tocou em nome próprio em Festivais como Soam as Guitarras (Setúbal e Évora), Maré (Póvoa de Varzim) MUM (Mérida, Espanha, com a bailarina Fuensanta), no Sibelius Museum (Turku, Finlândia) e com músicos como Omiri, O Gajo, A Cantadeira, Um Corpo Estranho, Tiago Manuel Soares, entre outros. Em de maio de 2022, RAIA apresentou-se, pela primeira vez, em formato Quarteto no Festival Islâmico, em Mértola, tendo seguido depois, a solo, para Moçambique, para participar na Residência artística do Festival Raiz, bem como fazer vários concertos naquele país. No mesmo ano, fez uma digressão pela Islândia com o nome de “Uma campaniça no gelo”, onde atuou a solo e em parceria com o músico islandês Svavar Knutur. Em 2023 RAIA tocou a solo no Festival Músicas do Mundo, em Sines e fez mais de 40 concertos em Portugal e Espanha, a solo, em Quarteto ou com a Bailarina Fuensanta Blanco. António Bexiga (Tó-Zé Bexiga), nasceu em Évora em 1976 mas viveu uma boa parte da infância e juventude na raia alentejana, em Ferreira de Capelins, concelho de Alandroal. É compositor, arranjador, músico e produtor. Editou já diversos discos, tendo estendido a sua atividade a trabalhos em cinema, teatro, dança, circo, teatro de marionetas e performance. Multi-instrumentista, toca guitarra, piano, viola campaniça, cavaquinho, bandolim, percussões convencionais e inventadas. Desde 2008 que se dedica à viola campaniça, quer na aprendizagem de repertórios tradicionais, quer na composição de nova música ou investigação de novas técnicas e sonoridades para o instrumento. Foi membro ativo de projectos como Uxu Kalhus e No Mazurka Band; fundador de Há lobos sem ser na serra, Bicho do Mato, duas Violas, entre outros. Gravou recentemente com Kepa Junkera, Celina da Piedade, António Caixeiro, Cantadores de Paris, O Gajo, Omiri, Orfeão Sónico de Um Corpo Estranho e Satúrnia, Daniel Catarino, Xinês, European Ghosts, Catharina Boutari, Lenna Bahule e Muhamago, Cardo Roxo, entre outros. É fundador da Cia Boa Companhia - teatro para todos, participa em todos os espetáculos como músico e/ou ator. É membro do colectivo Lusitanian Ghosts.
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