No fio da espada, navalha afiada Na mente vingança, na vista mais nada O ranço no punho, o osso quebrado O dente rangendo, o ódio dobrado A crença do fato, fatídica data A guerra tem cheiro de carne passada A fome, o frio, o fel, a porrada, A raiva, o roubo, a fé, a mancada Já tentaram me derrubar de toda forma Mandinga aqui não cola, ungido e remido Quiseram mesmo que ficássemos com a sobra Pra mim isso não rola, cai dentro do conflito Qual é o gosto do medo? (do medo) Não vou sentir Qual é o gosto do medo? Não vou sentir Saudade de quando era só um leão por dia Hoje a correria, tá muito pior Mato a savana inteira só pra dar bom dia Quem me desafia, vai virar pó Na ponta da mira, no alvo certeiro, Gatilho, tambor, milagre, terreiro A risca, o traço, o tiro, o açoite O crânio pedindo resgate de noite A besta, a fera, a festa, o ferido O lastro de sangue, na testa o vidro O rastro, a gangue, do sexto sentido O rato, falange, de verme, fodido Eu to ligado quem não reage rasteja, Cabeça na bandeja, nunca foi nosso estilo Cadê o topo, talvez tu não nunca esteja Ninguém mais lê a veja, todo passando batido Qual é o gosto do medo? (do medo) Não vou sentir Qual é o gosto do medo? Não vou sentir Saudade de quando era só um leão por dia Hoje a correria, tá muito pior Mato a savana inteira só pra dar bom dia Quem me desafia, vai virar pó A bênção, promessa, o tal do destino A caça, cobrança, castelo caindo O ronco de urso, a flecha, a reza O raio, rasgando o céu às avessas A vela, o vento, a trip, o trap O trono, katana, cortando boom bap A fúria do bumbo lutando com clap tatame, trincheira, berçário de rap Quer batalhar vem faz a fila indiana, Põe fogo na bagana, cada verso é um tiro Tomou na cara vem tenta outra semana Teu flow é até bacana, sou bem competitivo Qual é o gosto do medo? (do medo) Não vou sentir Qual é o gosto do medo? Não vou sentir Saudade de quando era só um leão por dia Hoje a correria, tá muito pior Mato a savana inteira só pra dar bom dia Quem me desafia, vai virar pó