É uma nova Dela Marmy aquela que se apresenta em “Acaso”, o seu novo single que antecipa um álbum apontado para o início de 2024, depois de dois EPs nos últimos anos. Se cada novo lançamento, no seu caso, corresponde a uma tradução artística dos momentos da sua vida, então eis como se nos apresenta Dela Marmy, ou seja, Joana Sequeira Duarte, em Setembro de 2023: Mais intimista e despojada que nunca, terna mas confiante, cantando em português pela primeira vez, com uma sonoridade envolvente, com elementos electrónicos e acústicos circundando a sua voz voluptuosa, transportando-nos para um território onde imaginação e realidade não são passíveis de serem dissociados. É uma canção tão pessoal como universal, sussurrando sobre a perda, a cura e os sonhos que persistem em não desaparecer. Não está só, Dela Marmy, no seu propósito. A acompanhá-la está o coro polifónico Sopa de Pedra, o produtor João Correia (Tape Junk), que trabalhou com ela no álbum a editar e o realizador cabo-verdiano Nuno Miranda, a quem entregou o videoclipe do single. Depois de ter integrado a banda The Happy Mess, entre 2011 e 2017, Joana Sequeira Duarte lançou-se num percurso a solo, estreando-se com o nome Dela Marmy em 2019, desenvolvendo a partir daí uma música onde a pop mais sonhadora coabitava com influências do rock ou folk mais alternativos, ao mesmo tempo que, em palco, as canções ganhavam cor, volume e um corpo feminino performativo, ou não tivesse ela estado ligada à dança durante muitos anos. Dança aliás como canta, misto de delicadeza, encanto e verdade. Nada é um acaso. ENG It's a new Dela Marmy who performs on "Acaso," the new single from the artist which anticipates an album aimed for early 2024 after two EPs in recent years. If each new release, in her case, corresponds to an artistic translation of the moments of her life, then here it’s how Dela Marmy, that is Joana Sequeira Duarte, presents us in September 2023: more intimate and stripped down than ever, tender but confident, singing in Portuguese for the first time, with an engaging sound, with electronic and acoustic elements surrounding her voluptuous voice, transporting us to a territory where imagination and reality are not liable to be dissociated. It's a song as much personal as it’s universal, whispering about loss, healing and dreams that persist in not fading out. Dela Marmy isn’t alone in her purpose. Accompanying her is the polyphonic choir Sopa de Pedra, the producer João Correia (Tape Junk), who worked with the artist on the album to be released, and the Cape Verdean film director Nuno Miranda, to whom she delivered the music video for the single. After having been part of the band The Happy Mess, between 2011 and 2017, Joana Sequeira Duarte launched herself on a solo journey, debuting under the name Dela Marmy in 2019, creating from there songs where the most dreamy pop cohabited with more alternative rock or folk influences. At the same time, on stage, the music gained colour, volume and a performative female body, or had she not been connected to Dance for many years. She dances like she sings, a mixture of delicacy, charm and truth. Nothing is a fluke.